Canto do Quarto

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# Ouça:
-Beethoven
-Cold Blood
-Joelho de Porco
-Arrigo Barnabé
-Arnaldo Baptista
-Novos Baianos
-Count Basie
-John Coltrane
-King Crimson
-Rumo
-Schoenberg
-Rachmaninoff

# Leia:
-Rubem Fonseca
-García Lorca
-Hilda Hilst
-Herman Melville
-Garcia Marquez
-John Fante
-Shakespeare
-Bukowski
-Bruno e Little Dee
-Mafalda
-Herman Hesse

# Assista:
-Woody Allen
-Filmes com roteiro do Charlie Kaufman
-Monty Python
-Hitchcock

#Eu Quero:
-Mitologia Grega v1, v2, v3
-DVD Star Wars Trilogia
-Um afinador
-Afinação do Mundo


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quarta-feira, setembro 01, 2004
 
Poesia fome zero

Ai, ai, ai
Poesia que me persegue
Do berro do despertador
ao alento suave do sono:
deixa-me em paz!

Deixa-me amar dentro do mundo
de mecanismos, relógios, engrenagens.
Deixa-me funcionar junto com o resto
correndo, repetindo, cadente.
Deixa-me viver como ele ao lado
a cada palpitação, refeição, ablução.

Mas não - você me acorda
com um soluço na alma
e me carrega pelo dia
vendo naves cruzando janelas
corações pulsando nas camas,
ouvindo sinfonias nos ruídos
e juras de amor nas pragas.

Louco? Louco!
Sim, poesia, poesia do inferno,
você cega meu olho com um véu
do tamanho de um bonde -
muito maior que um bonde! -
não enxergo através da sua mentira
nem te entendo
mas sigo em frente. Será?

Ah! Adorável paradoxo...
por vezes te odeio
por vezes te amo.

Você coloca a salsicha e o molho
dentro do pão fendido da vida e da morte.

escrevi isso pelas 6:50 PM