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segunda-feira, outubro 28, 2002
Caros poucos leitores, perdoem a invasão de haikais, tankas e renkas neste blog.
Não, eu não estou louco, apenas interessado em explorar essas formas mais.
Arigatô Gozeimashitá.
escrevi isso pelas 12:31 PM
outono inverno
primavera verão
hoje amanhã sou todos eles
escrevi isso pelas 12:30 PM
balanço vital
cintura gira a ouvir
o talento dum olho
(dedicado à Banda)
escrevi isso pelas 12:11 PM
corda que vibra
vento soa no quarto
banda tocando
escrevi isso pelas 12:09 PM
quarta-feira, outubro 23, 2002
"To die: to sleep;
No more; and by a sleep to say we end
The heart-ache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to, 'tis a consummation
Devoutly to be wish'd."
Wish your pain, old friend.
Wish it, and you shall become it.
Deny it, and it shall become you.
Soft you now.
escrevi isso pelas 11:03 AM
terça-feira, outubro 22, 2002
um olho abre
mil passos atropelam
ainda a vejo
escrevi isso pelas 2:52 PM
bambu corta o som
e o jovem aprendiz
levanta a guarda
escrevi isso pelas 1:17 AM
sexta-feira, outubro 18, 2002
Não sei, babe.
Sou eu? É você?
Porque brigar se é bem melhor se amar?
Fiquei pensando, fiquei pensando.
A culpa não existe, mas se existe, é minha?
A única briga que eu curto é de espada, é com o Leco, é entre exércitos, não com você.
Para que tanta agressividade? Sou apenas um cara, uma pessoa que gosta de ficar junto da Mariana.
Você diz "eu nao falo mais nada, vc fica fazendo piada e tirando uma da minha cara. eh mto facil pra vc falar..". Falar o quê? Você diz "para você é fácil falar". Então, qual é a opção difícil? O que eu deveria fazer?
Não sei. Não sei.
Dei carinho, tempo, dedicação, prazer, amor, compreensão, amizade, cumplicidade, dei opções, dei mudança, dei permanência, dei segurança, dei ciúmes, dei inveja, dei aula, dei paciência, dei presentes, dei poesia - e penso em você o tempo todo.
A culpa é minha?
Do seu lado, quero sentir segurança, quero saber que você é minha amiga, que vai se esforçar para me ver feliz e contente... que vai sentir o coração leve e alegre ao me ver sorrindo. Quero que você seja mais amiga e confidente minha do que o melhor dos meus amigos, que me perdoa antes de qualquer outro e seja compreensiva mais do que qualquer pessoa. Não é isso que faço com você, ou tento? Isso também é amor, babe.
Você sabe o que quer?
De qualquer jeito, essa foi a última briga.
Eu te amo.
escrevi isso pelas 11:00 AM
quinta-feira, outubro 17, 2002
Milhões de gotas.
Milhões de gotas.
Milhões de gotas.
Milhões de gotas.
Milhões de gotas.
escrevi isso pelas 4:42 PM
quarta-feira, outubro 16, 2002
Às vezes penso que a vida não é justa.
Não, não sou um cara iludido.
Não penso viver em um paraíso: não penso.
"Criança de 8 anos baleada na frente de sua casa".
O crime foi gratuito. O moleque estava brincando na frente de casa e foi baleado.
Será que estava fazendo muito barulho? Talvez fossem balas perdidas (mas três?).
"A polícia não tem pistas".
Nem eu.
Ao mesmo tempo, "Traficantes disparam contra Palácio Guanabara", "...contra delegacia no Rio", "...jogam granada em Shopping".
Isso é coisa que nenhum presidente, nenhum papa ou pastor evangélico e nenhuma rede de televisão vai conseguir resolver.
O Brasil e a maior parte do mundo precisa de senso de comunidade. É coisa de criança. Se um homem derrota dez, cem derrotam mil.
Matemática básica.
Não somos brasileiros, não somos da Santa Cecília; não somos latino-americanos, não somos inimigos do Islã; não somos pacifistas, não advogamos a guerra; não maltratamos, não sofremos; não perdemos nem ganhamos.
A União faz açúcar.
escrevi isso pelas 10:10 AM
terça-feira, outubro 15, 2002
O POETA PEDE A SEU AMOR QUE LHE ESCREVA
Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de mordiscos e acuçenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
Federico García Lorca
escrevi isso pelas 10:37 AM
quinta-feira, outubro 10, 2002
CARACA!
Mondo cane.
escrevi isso pelas 12:11 PM
segunda-feira, outubro 07, 2002
Solilóquio Monológico
Sento aqui.
Enquanto o quê?
Sento aqui.
Sento aqui.
Estou sentado, ainda.
Meu pai grita do quarto.
É Medo.
Amanhã me mudo para lá, é uma mudança temporária, amanhã estou de volta.
Eu gosto de ficar lá.
Meu pai grita do quarto, é medo, como disse.
Escrevo um pouco mais.
É Medo.
Penso nela, as luzes/cores/sons brilham, revolvem, retorcem.
Meu pai grita do quarto - uma vez mais - e ainda é medo.
As sinapses sibilam, snap!
Sinapse sibila, snap!
Snap.
O álcool gira, sibila, snap snap snap
snap snap gira moleque, gira, sibila
corre corre em círculos, dê outra volta
senão vão te pegar
e aí
vocêéquemvai d a n ç a r.
É medo?
escrevi isso pelas 1:11 AM
sexta-feira, outubro 04, 2002
Pausa Poética
Com certeza, a mais fantástica declaração já "dada" para um jornal.
escrevi isso pelas 12:33 PM
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