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#Eu
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quinta-feira, abril 18, 2002
Meninas perdidas, garotos perdidos.
Pessoas trancadas nos seus quartos:
espero que vocês realmente tenham entendido.
Eu sei que vocês lutam muito para conseguir.
Eu sei que são apenas criancinhas assustadas.
Mas não se desesperem.
Vocês fizeram muitas coisas que não sabiam como, não deviam ter feito, não queriam ter feito.
Mas tudo pode dar certo.
O "algo"... somos nós mesmos.
"I can't give you, anything, but love, baby..."
"and in the end... the love you take is equal to the love you make"
Os Beatles vacilaram. Mas a gente não vai.
Um abraço.
escrevi isso pelas 7:02 PM
terça-feira, abril 16, 2002
Eu sofro, às vezes.
Eu luto, às vezes.
É difícil, mas eu não desisto. Porque acho que as pessoas valem a pena.
E esta, meus amigos, é a última faixa de território que eu vou ceder para os meus inimigos: o baixo astral, a tristeza, o desespero, a escuridão, a morte, a dor, o sofrimento, a anti-música anti-vida energética que impregna tudo nos dias modernos.
Eu vou vencer, eu sei. Também sei que é um caminho árduo, um caminho tortuoso.
Mas eu persevero.
Talvez eu morra. Não fiquem tristes. Vou continuar acreditando que vivo, continuar atormentando as tantas pessoas que me tocaram - e vou estar em paz com aqueles outros tantos que se foram em tão pouco tempo.
Em breve, farei 23 anos. 23 longos anos, cheio de experiências, aventuras, conhecimento. Não foi tão emocionante, admito. Mas acho que já vivi mais nestes poucos 23 anos incompletos do que muita gente. E aprendi. E entendi.
Não existe religião, não existem energias cósmicas, não existe fase racional, não existe Deus, não existe Arjuna, Vishnu ou Krishna.
Nunca conheci nenhum deles.
Mas eu sei, eu provo, eu sangro, e sei que existe uma coisa:
O Amor.
Só nisso acredito.
Quem for corajoso e se considerar merecedor, venha. É uma cruzada interessante e verdadeira.
Hoje parto em mais uma confusa e perturbante missão, mas vou sem medo.
Sigam o Guerreiro Vitorioso da Luz, Luiz Vicente.
Sigam-me.
escrevi isso pelas 6:47 PM
quinta-feira, abril 11, 2002
Pluct, ploct, zum.
De cima da árvore - veja!
Caiu alguma coisa, da copa
e veio devagarzinho até o chão
dançando
rodopiando
gira menina
Pousou com delicadeza
sem afetar ninguém
sem causar grande surpresa
sem fazer terremoto no Japão
Veja, uma simples folhinha
que mal não faz
e espera ansiosa a lua
cheia de sua vida viver
Oh, mas vejam bem,
olhando com atenção agora:
a reles folha era uma flor.
escrevi isso pelas 12:45 AM
terça-feira, abril 09, 2002
Once Upon a Time, not in Albuquerque, New Mexico...
Era uma vez um menino
Um menino sozinho
Sozinho numa gaiola
Numa gaiola dourada
O menino lutava e estudava
Estudava sem parar
Sem parar ele se controlava
Controlava para não chorar à noite
Bem longe, lá do outro lado
Do outro lado havia outro menino
Outro menino que vivia escrevendo
Escrevendo para não ficar sozinho
Ele escrevia sobre a vida
A vida, mas também o amor
O amor de uma e um e umas
Umas e outros que se foram
Foi assim que a vida quis
Quis que ficassem separados
Separados, mas não para sempre
Sempre é sempre tempo demais
Agora o menino se prepara
Prepara para desabrochar e aprender
Aprender como é a vida de volta
De volta onde ele nasceu
Enquanto isso, temos o outro menino
Menino que tenta encontrar a si mesmo
(Mesmo encontrando muita encrenca)
Encrenca e alegria além do que imaginava
Agora vem um menino de um lado
De um lado vem o outro menino
Menino, e quando eles se reencontrarem?
escrevi isso pelas 8:44 PM
Quem viveu de verdade nunca morre.
São Paulo perde um de seus grandes desenhistas.
E grande tio, também.
Um abraço.
escrevi isso pelas 6:15 PM
sexta-feira, abril 05, 2002
Um pedido de desculpas pode valer mais do que mil palavras.
Quem não sabe isso, pode se considerar um ignorante.
Eu às vezes, não sei, acredito, que até uma guerra poderia ser perdoada assim:
"Desculpe. Eu sinto muito. Estava fora de mim. Posso lhe dar um abraço?".
E como não perdoar. Todos podem sair de si. Se é que algum dia estão em si.
Dois dias estranhos. Digo, mais do que o normal.
Um dia de elegia e o outro de alegria.
Só sei que hoje quero dormir muito, acordar em outra realidade e ir comprar livros velhos com pessoas as quais, sem elas, não vivo.
Um brinde a todas elas.
escrevi isso pelas 6:28 PM
Bem, all things must come to an end.
Tio, valeu enquanto durou.
Você foi um modelo. Você foi uma fonte de alegria. Você foi amado por todos que conheceram você.
E você resistiu como um verdadeiro touro. Imagino que quisesse aproveitar mais um tempinho aqui com o Gabriel, Fernão, Stela, e os seus irmãos e sobrinhos. Você merecia, e eles também.
Espero que, onde quer que esteja, você possa viver cercado dos computadores e televisões gigantes que tanto gostava.
Parece piada, mas é mais verdade do que se pode imaginar.
Um grande abraço, e até a próxima vez!
E não se preocupe com os que ficaram: a gente vai cuidar bem deles.
"Time is Shopping".
escrevi isso pelas 11:16 AM
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