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segunda-feira, julho 21, 2003
Esse é uma homenagem ao autor (quase) desconhecido...
Haikai de psico Se passar da métrica O cara surta
escrevi isso pelas 6:42 PM
Papo psico
- Mas o que mais você pensa sempre? - Tem esse lance, o das mulheres, sabe? Eu não consigo ver uma mulher e não pensar: "Como ela é?". Digo, não como ela é, sabe... bem, por baixo de tudo. Das roupas. Não é isso. - Como é então? - É mais simples, até. Imagino o que ela fez. Como ela faz. Será que ela gosta? Será que ela gosta muito? Será que geme baixinho? Será que berra e arranha? Submissa? Dominadora? E para mim não faz diferença se é bonita, ou feia, ou mais velha ou mais nova. Eu penso. - Mas... - E nem é sexual. É puramente científico. Curiosidade. Empirismo. Talvez o Einstein sentisse isso. Ou não? Bom, acho que sim. - Não é sexual? - Certo, alguma parte disso é. Mas grande parte é pura curiosidade. Você sabe, nenhum homem realmente está satisfeito e tranqüilo em relação ao sexo. O cara pode até dizer que sim, e gostar muito, mas ele sempre - sempre - vai pensar. Pelo menos pensar. Pensar como seria com Adriana, como seria com Paula, como seria com Cássia. No mínimo, como é que ela seria. Na cama. Sem a parte sexual. Sem muita dela. Ao menos o corpo nu. O corpo nu me perturba. - Como... - Não, perturba não. A idéia é ótima, um corpo nu. E perturbar não é necessariamente algo ruim. "Mas pode ser", você vai dizer. Errado. Perturba no sentido de me desequilibra. Não sei o que pensar. Quando uma mulher fica nua na minha frente, eu me desarmo, e isso é completamente sem sentido. E o mais estranho, não é sexual. Se eu quisesse fazer amor com todas essas mulheres, aí sim eu teria um problema. Mas é pura curiosidade. - Você já... - Eu disse "fazer amor"? Palavra estranha. Odeio esse termo. - Você já se sentiu incapacitado de fazer alguma coisa por causa destes pensamentos? - Hummm. Na vida real? No dia-a-dia? Ou quando a nudez aparece? Bom, no dia-a-dia só os meus próprios pensamentos me desarmam. Na verdadeira nudez, parece que a coisa foi desfraldada, a fruta, saboreada. É permitido demais, é fácil demais, exceto no começo, quando tudo é bom e um lábio mordido toma proporções obscenas. A dúvida é se o lábio perdeu a vontade ou a mordedora. - Agora, voltando ao assunto, por favor. Você acha que sua... fixação em imaginar mulheres em situações específicas tem ligação com seu temor da nudez? - Temor da nudez? Eu não disse isso. - Certo, vamos chamá-la de sensibilidade à nudez. - O que acaba de tornar a coisa ainda mais idiota. - Qual o melhor termo para você, então? - Na verdade, não faço idéia. É inominável, imbatizável. Perdoe o neologismo, mas não interessa. Você que estudou anos para trabalhar com isso deveria saber. - E você sabe que me ofender é simplesmente ineficiente. - Eu sei, desculpe. Mas o assunto é delicado. - Vamos deixar essa sensação sem nome, então. Ela será apenas "sensação". - Que nem o chocolate? Adoro morango. - Exatamente, mas vamos nos concentrar no trabalho que estamos fazendo. - Certo. E onde entra isso no "trabalho"? - Nosso trabalho é fazer você se sentir bem com você mesmo. - Entendo. - Você precisa entender que sentir-se bem com você mesmo é aceitar ser como você é. Você precisa aceitar seus defeitos e suas qualidades, sabendo que ambos fazem parte de quem você é. E isso é mais importante do que tudo. - Faz sentido. - E aceitar como você é faz parte de amadurecer e praticar o auto-conhecimento. - Auto-conhecimento. - Sim, você nunca experimentou? - Experimentou... - Por favor! Você está prestando atenção? - Desculpe, desculpe, doutora. Estava imaginando como a senhora seria na cama...
escrevi isso pelas 6:40 PM
Sweet honey
Mina mínima! E quando vem sorrindo eu me derreto.
escrevi isso pelas 5:16 PM
terça-feira, julho 08, 2003
Bobeiras de Sexta
Versinho haikai não precisa nem rimar Mas seria legal
Mais bobeiras com o mesmo leitmotif
Haikai vem vindo e eu nem preciso rimar Mas seria lindo!
escrevi isso pelas 9:32 PM
Bloggar is back. Espero que esteja funcionando.
Eu nem sempre sou atraído por coisas belas, será que isso me torna menos artista? E outra: por que diabos eu ia querer ser um artista?
Perguntas sem resposta... em um dia sem perguntas (muito menos respostas).
escrevi isso pelas 9:27 PM
sexta-feira, julho 04, 2003
Música para cantar ao som de "Florentine Pogen":
duuu du du duuu du
du du du du
duuuu duuuuuu du dududududu
duduuuuuuuuuuuu
dududu
duuuuuduuuuuuuu
dudududududududu
everybody dance!
du.
escrevi isso pelas 5:17 PM
Te ouve no gravador, garoto.
A linha está ali, vê? Não vê? Então, ouça. Veja com os ouvidos. Incapaz. Desleixado. Incompetente. Presta atenção. Você acha que tudo isso te leva para algum lugar? Moleque. Tem muito a aprender.
É tua voz? É minha voz? É nossa voz?
Um conserto polifônico.
Mas acho que vai morrer antes de entender nada.
Renasça! Se das cinzas não vier teu novo eu, jogue-se fora.
Nem vale a pena te reciclar.
Babaca.
escrevi isso pelas 5:16 PM
quarta-feira, julho 02, 2003
Poxa! Hoje descobri que uma pessoa que eu adoro lê o meu blog com mais freqüência do que eu imaginava.
Então, vou declarar: você me deu sangue novo.
O blog vive.
escrevi isso pelas 5:39 PM
terça-feira, julho 01, 2003
Onde afinal, e por quê, ninguém nunca me explicou fica a linha que divide o sincero e honesto desejo e a vil malícia humana? Porque sim, o ato de fornicar está dividido em dois córregos de líquidos tão distintos quanto o vinagre e o azeite. E dividido seja, então. Mas até aí, quem, ou o quê, sabe perceber para qual lado seu rio está correndo? Como comparar um enlace de dois amantes jurados como Romeu e Julieta intocados de uma foda paga realizada ao lado da poça d'água, no beco de um bairro suburbano? A diferença é sutil e ao mesmo tempo, vasta como um cânion. E quando ela surge em mim, o que é - vil enlace ou virginal foda, é alívio carnalizado ou sentimento personificado? Seria a vontade de sexo improcriativo uma perversão humana? Ou a perversão está no franzir reprovativo de nossos próprios rostos?
Te olha no espelho, garoto.
escrevi isso pelas 6:02 PM
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