Ufa... 11 de março? Faz tempo mesmo... foi no dia de comemoração dos sei lá quantos dias do atentado ao WTC que eu escrevi pela última vez.

Certo, eu admito que estava tentando esquecer esta tela mal dividida do blogger e enterrar o canto do louco do quarto do blog para sempre... ou por um certo tempo, mas não consegui. Mais um fracasso para a lista.

Mas chega de autopiedade.

É hora de textos bem escritos, claros, verdadeiros, honestos, animadores. Não que os outros não fossem, mas eles eram escritos em momentos de insanidade. Agora escreverei mais lúcido.

Só rezo para não virar o Paulo Coelho.

thank you very much
escrevi isso pelas 2:36 PM

segunda-feira, março 11, 2002

 
Eh isso aih, amiguinhos, vou distribuir comentarios:

-Peixinha, nao desista, sua pena continua distribuindo talento. Nao ligue para comentarios desajustados. E acho que voce realmente precisa perseguir estas miragens para resolver suas coisas mal-resolvidas. Vamos lah.
-Carol, obrigado por tudo, voce eh uma grande amiga. Serio.
-Leco, voce eh bizarro, nunca vou te entender, e estou sentindo que vc estah virando um caxias as avessas.
-Mary A, apesar de um pouquinho louca, voce esta me deixando pirado. Pare, por favor.
-Ao resto dos envolvidos, amigos em geral, pessoas que falo menos, um grande abraco, voces foram demais. Nos vemos na proxima vida. E lembrem-se sempre: nos estamos felizes o tempo inteiro - menos quando estamos tristes. Nao deixem o desanimo tomar conta de voces. Ou voces vao se ver no pior estado possivel. O meu.

E nao se iludam. Se eu pudesse, passaria o dia inteiro falando com voces (alguns mais que outros) no telefone, ICQ, ao vivo. Mas eh dificil, ateh mesmo para o louco do blog. Soh fiquem atentos, este periodo cosmico nao estah para peixe (brincadeirinha, femme fatale). Digo, muitas coisas estao se destruindo, amizades, amores, relacionamentos, negocios, governos, organizacoes. Nao deixem isso afetar suas vidas. Eh facil, basta lembrar que isso esta acontecendo e sempre manter um passo atras dos atos impensados.

I KISS YOU!

Once again, we apologize.
escrevi isso pelas 4:53 PM

domingo, março 10, 2002

 
-Oi. Tem alguém aí?
-Talvez.
-Nossa, finalmente. Quem é você?
-Quem é você?
-Não lembro, estou perdido faz tempo aqui. Está escuro, você é a primeira pessoa que encontro - até onde me lembro.
-Entendo.
-Entende nada. Diga, onde estou?
-Você acha que importa saber?
-Claro, quero saber onde diabos estou.
-Isso é a sua vida.
-Como assim, vida? Minha vida é vagar em um limbo escuro, tateando por aí como se estivesse procurando minhas lentes no carpete?
-Talvez.
-"Talvez"... isso não quer dizer nada, sabia?
-Sabia. Então, o que quer que eu diga?
-Uma resposta objetiva seria um começo.
-Não. O começo para sair daqui é subjetivo. A lógica, a direiteza, tudo que seus pais ensinaram vão ser inúteis para você, de agora em diante.
-Hummm... Imagino que, depois deste começo, tudo vá piorando ainda mais.
-Você está pegando o espírito. É tudo que posso dizer. Pelo menos, de forma objetiva.
-Obrigado. Eu acho.
escrevi isso pelas 3:16 AM

 
O olhar frio de um amigo pode ser pior que o olhar cruel de uma mulher vingativa.

Não é estranho que pessoas que dariam a vida uma pela outra parecem completos estranhos em outra semana?

Ah, meu amigo... eu entendo que você ralhe comigo. Mas pense bem, antes de explodir, de mostrar as garras, lembre-se bem quem é o seu inimigo. Talvez não seja eu.

Bem, só posso dizer que tudo valeu a pena. Como todos, você me mostrou mais um caminho: o do da verdadeira amizade. É inusitado, mas mesmo alguém com tantos amigos pode aprender coisas novas todos os dias.

Se você quer assim, então lhe digo adeus, Amigo Vagabundo.
Choro porque sou um dos seus.

Mas não é meu melhor momento, acredite.
E não esqueça que o homem como é só vive um segundo.
Novamente, We Apologize.
escrevi isso pelas 3:03 AM

sexta-feira, março 08, 2002

 
Bem, o que queria dizer hoje, depois de ler algumas coisas pela Internet é: agora você entende o que quis dizer com "o amor é algo realmente amplo"? Sim, amar é lindo. E amar muitas pessoas é difícil e maravilhoso ao mesmo tempo (por exemplo, peixinhos suicidas, taurinos explosivos, aquarianas psicopatas, arianas insistentes, virginianas castradoras...). E é esse amor que, apesar de ninguém acreditar, faz honestamente para mim a divisão entre sexo, amor, amizade, namoro. Ahahah, e ironicamente torna todas elas igualmente importantes. Nunca vou entender também.

E, sim, algumas pessoas parecem mais especiais que outras.

A vida é assim mesmo. O que mata tudo é o egoísmo. Namorado, namorada, marido, mulher, melhor amigo, melhor amiga. As pessoas que têm laços especiais os reconhecem sem precisar enumerar, catalogar, identificiar. Deixe isso para os semiólogos. Por isso gosto da astrologia: é tudo vago, um pouco duvidoso, esquisito, mágico... e estranhamente real, estranhamente óbvio, estranhamente familiar.

Por isso eu digo, não ralhem comigo. Não faço nada por mal. Eu adoro todos vocês, e cada momento próximo de vocês. Mas todos querem tantas coisas de mim. Calma, gente, sou apenas um Vicente, e me desdobro em amigo, músico, poeta, filho, pai, irmão, namorado, marido, amante, psicólogo, pajé, chefe, subalterno, intelectual, companheiro, professor, aluno.

Amigos queridos, estou cansado de tudo isso. Agora quero tentar ser uma coisa que nunca consegui ser: Eu. Com letra maiúscula, curtinho e com apenas duas palavras. Chegou o meu momento, entendem? Meu momento de descobrir as coisas que meu cárcere de aquário me impulsiona, desafiando as tenazes do caranguejo tão família, tão calmo e romântico. Chegou o momento de conhecer, descobrir, experimentar. De viver.

É difícil explicar isso para as pessoas. Mas a verdade é que todos viveram. Pelo menos um pouco. Eu não, nem sempre. Mas não achem que estou fazendo drama. Não estou me lamentando. É apenas um grito. Um grito ariano, libertário, mas não histérico, não maléfico - sem malícia. Quase um gemido.

Eu sei que todos têm seus problemas. Bem, meu conselho é: resolvam-nos. Livrem-se deles, façam o que for preciso. E eu sei que é bem complicado fazer isso, mas agora me sinto quase em um estado de nirvana, o moksha indiano. Um estado elevado, onde tudo parece estranhamente claro. Já tinha alcançado isso lendo o Bhaghavad Gîta. Não duvidem, existe um deus. Com letra minúscula.

Somos todos nós.

S e p a r a d o s
ou
juntos.

E sempre existe o medo de magoar os outros. Bem, depois de 22 anos me magoando, acho que é hora de parar de me preocupar com isso. Marília, acho que você me ajudou a desprender este sentimento maldito de culpa. Valeu, sempre vou ser grato à psicologia e a sua maluquice por isso, adoro você também.

E espero que, quando voltar desta viagem interior, vocês ainda gostem bastante de mim. Porque, hoje, eu sei que vocês me adoram.

O sentimento é mais que recíproco. Sem sentimentalismo, agora.

"Ame o próximo assim como ama a si mesmo"
escrevi isso pelas 7:38 PM

 
Acho que esta palavra politeness existe? alguma sugestão?
escrevi isso pelas 6:47 PM

 
Estou enchendo de coisas para apagar aquele post mal-educado e rompantemente irritado de alguns dias atrás. Sorry, We apologize for the lack of politeness.
escrevi isso pelas 6:46 PM

 
Estou colocando o primeiro post desde o infarto derradeiro do computador do meu quarto e da parada cardíaca da ADSL da minha casa.
escrevi isso pelas 6:46 PM

quarta-feira, março 06, 2002

 
"Valeu, de nada?"
Você me insulta com tal piada.
Desculpe se me faltou a palavra exata.
Mas achei que, de todas as coisas, ela seria a menos importante.
Será uma inversão da escala de valores?
Mas, oh, blog, pare de fragilizar esta menina tão amedrontada.
Ela já tem que lidar com pseudo-sensíveis o tempo todo.
Não é fácil, sabe?

E ela não tem "ninguém" para lhe ajudar.
Não quer nem a ajuda de profissionais no ramo.
We apologize for the inconvenience.

Putz, terça-feira maluca... e eu que ainda estava nadando na minha poesia. Acho que me afoguei nela.
escrevi isso pelas 1:08 AM

 
Moto Perpétuo

Eu tento lhe dar abrigo.
Eu tento ser seu amigo.
Eu tento fazer graça.
Eu tento fazer poesia.

Eu tento repetir,
eu tento entender,
eu tento não sofrer,
eu tento não me ofender.

tento compreender,
tento não transparecer,
tento reaparecer,
tento permanecer.

Mesmo assim, você esquece que eu não jogo
os jogos infantis dos adultos que fingem
e dissimulam sem saber
(e prontos para se arrepender)
aquilo que sentem
mesmo sem se entender.

Tente (agora você) lembrar que
eu nunca fingi antes
e se pareço usar a pantomima
não é para fazê-la de palhaça.

E não esqueça que a pena que agracia
os olhos com tão refinada e profunda poesia
pode ser como a bala do revólver disparado
que corta pele e alma sem recato.
escrevi isso pelas 1:00 AM

terça-feira, março 05, 2002

 
Estava lendo um texto sobre os tipos de amor.
Amor fraternal, amor misericordioso, amor maternal, amor platônico.
Que engraçado. Acho que classificar o amor em tantas formas diferentes é uma fuga ridícula. Se você ama, e sem querer soar piegas, você ama. Não importa como, não importa quem. E também não existe quantidade. O amor é incondicionável, intransitivo e incomensurável, ele não cabe nos espaços limitados que imagina nossa vã filosofia... isso para citar uns 15 clichês ao mesmo tempo.

Mas é a pura (e puta) verdade.
Amar é legal.
Pena que o mundo ainda não descobriu isso.
E azar daqueles que amam muito.

Um beijo sincero para todas as pessoas que eu amo de forma pura, simples e direta: vocês sabem quem são, e poderiam ser contados na palma da mão.

(perceberam que ultimamente só tenho discorrido sobre abobrinhas como essas, e nem tenho escrito poesias mais? Acho que vou deixar este encargo para quem manja; de agora em diante, eu não me arrisco mais. Para saciar meus repentes poetísticos, vou recorrer a certos interlúdios.)
escrevi isso pelas 11:57 AM

 
Às vezes, sua vida vira tanto uma poesia que você não precisa mais escrever sobre ela: você vive a poesia.
Claro que algumas tem o "algo". E não precisam se preocupar com bloqueios de escritor.

Só um apelo que faço. Não deixe os outros deixarem você triste, cara mia. Você é você. Os outros vão melhorar. Lembre-se das palavras de Aníbal que, acho, podem ser aplicadas em muitas situações:

Frente a um exército muito maior que o seu, Aníbal pensava na estratégia que iria utilizar. Foi quando um de seus tenentes, Giscon, chegou até ele e disse: "Senhor, são 50 mil romanos. Eles tem 3 homens para cada um de nós". E Aníbal respondeu: "Mas nós temos uma vantagem. Nenhum deles se chama Giscon.".

Quanto a outros assuntos... quem sabe no próximo post?
: )
escrevi isso pelas 11:49 AM

sábado, março 02, 2002

 
Sabe o que falta na nossa constituição? O direito de buscar a felicidade.

Isso sim é lei num país de verdade.

escrevi isso pelas 2:03 AM

 
Meu amanhã.

Meu amanhã.

Seu amanhã.

Amanhã.

AMANHÃ.

Quem é meu amanhã?

Onde está meu amanhã?

O Trio Ternura falava com tanta segurança... parecia o Sócrates falando sobre o sofismo.

Existe um amanhã? Ah.... me respondam amanhã.

Vou dormir sozinho de novo... amanhã alguém me acorda e diz, ok?

Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã, Amanhã.

MEU AMANHÃ.
MEU
MEU MEU MEU MEU MEU MEU
escrevi isso pelas 2:01 AM

 
Eu sei que sou um covarde.

Estou caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo.

Mas pelo menos desta vez não me agarrarei a ninguém.

ou conhecer o fundo sozinho, mordam-se de inveja.



Minha bela da tarde, a nostalgia é uma coisa bonita. Você deforma o passado para ele ficar melhor, não percebe? Assistiu Amnésia? A memória é uma fonte pouco confiável, querida, pouquíssimo confiável. Ainda mais de um bêbado, como estou agora... terrivelmente bêbado. Como cheguei em casa, liguei o PC, escrevi no Blog? Não faço idéia. Quem sabe algum químico possa responder? Cartas!

Ah, sexta-feira triste...
escrevi isso pelas 1:59 AM

 
Por que estamos neste mundo?
Não faz sentido. É mesmo um mundo de dor, de sofrimento, de loucura. Um mundo de abandono, um mundo de desespero, um mundo de tristeza. É um mundo cheio de amigos tentando fazer algo, de mãos confusas, de sexos voadores, de beijos flutuantes. É um mundo de lágrimas, de abraços envergonhados, de pais confusos. É um mundo de carinho exagerado, de amor reprimido, de emoções contidas.

É um mundo de 4a categoria, e nós o chamamos afetuosamente de... lar.

Por mim, podem explodir esta merda.
Estou cheio mesmo.
Onde eu assino?
escrevi isso pelas 1:56 AM

 
Oh, Mari, você é linda...

escrevi isso pelas 1:52 AM

sexta-feira, março 01, 2002

 
Bem, está na hora de ler um pouco sobre meu amigo Aníbal e cair na cama... sozinho.

Oh, well... quem sabe em alguns anos?

Gute Nacht.
escrevi isso pelas 1:33 AM

 
Hoje um amigo me deu uma bronca porque ia almoçar com a namorada dele. Caramba, será que perdi minha moral para sempre? Que raios de confiança é essa? Tudo bem, eu sei que coisas inesperadas podem acontecer, mas vamos lá, é apenas um almoço...

Bem, é com esse tipo de psicopatia que a gente vai aprendendo a viver, eu acho.
Living and learning, como diriam.
escrevi isso pelas 12:29 AM

 
acho que o comentário sobre sexo foi meio leviano, mas talvez eu seja um cara leviano.
Ah, nem sou, vai.

Alguém discorda?

escrevi isso pelas 12:27 AM

 
Se eu escrevesse aqui todos os dias, talvez alguma coisa interessante aparecesse de mês em mês, quem sabe?

Caros leitores... vocês dois ou três. Vocês são os melhores adoro vocês. Hoje vou falar sobre: sexo. Sim, esta coisa maravilhosa da raça humana.

Meu, na boa, não existe nada mais reconfortante. Quantas coisas no mundo você consegue ter tanta alegria dando quanto recebendo? Realmente, são poucas. É simplesmente bonito, não apenas pelo prazer, mas pela intimidade, pelo segredo, pelo sagrado, é uma reafirmação da vida contra a morte. Não deve ter nada parecido com uma trepada sossegada no outro lado da vida, é uma coisa bonita mesmo.

Só isso mesmo pode validar aquela maluquice de amor livre. E olha que isso não é má idéia mesmo... ah, falou, então...
escrevi isso pelas 12:24 AM